Depois da queda, do dilúvio, da embriaguez de Noé e do
fiasco da Torre de Babel, o Senhor introduz, de maneira
ainda mais clara, a esperança para a raça humana.
Com Abrão, embora vivesse em meio a uma família e
uma cultura mergulhada em idolatria – era seguidor do Deus verdadeiro e a quem, por sua fidelidade, foi concedida a promessa, não só para ele mesmo e sua família, mas para toda a raça humana. Nesta lição vamos estudar a vida de Abrão, seu chamado inicial, sua resposta, sua humanidade e, mais importante de tudo, seu relacionamento com Deus Embora a arqueologia haja revelado muita coisa a respeito dos tempos em que Abrão viveu, os grandes impérios daquele tempo comparecem como figurantes. O grande enfoque do Gênesis são as histórias, concentram-se naqueles a quem Deus confiou a tarefa de preservar o conhecimento dEle em um mundo cheio de idolatria. “Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação e te abençoarei, e te engrandecerei o nome.” Gen. 12:1,2 Foi chamado quando morava em Ur dos Caldeus. Foi chamado a sair sem saber para onde. Abrão fica um tempo em Harã, até seu pai Terá morrer. A Bíblia não menciona as razões para a curta estada de Abraão em Harã; talvez, Abraão ainda precisasse crescer na fé antes entrar em Canaã. Após a morte de seu pai, Abrão parte para a Terra prometida quando tinha 75 anos. PARA REFLETIR: Os familiares de Abrão estavam envolvidos em falsa adoração e idolatria, mas, por algum tempo, ele permaneceu com eles. O que podemos aprender dessa história sobre o relacionamento com membros de nossa família que não estão caminhando com o Senhor? Os que pretendiam construir a Torre de Babel, desejavam glórias para si, queriam eternizar seus nomes. Foram humilhados.
Abrão deixa para trás
familiares, raça, cultura, conforto e privilégios para obedecer o chamado de Deus e em contraste, quase todo o mundo conhece o nome de Abrão e sua fé. PARA REFLETIR: Que lição poderosa existe neste contraste para aqueles que estão buscando fazer para si "um nome"? Em suas peregrinações rumo ao Neguebe, Abrão é assolado pela fome. Abrão desce ao Egito a procura de melhores condições de vida. Ele apresenta a Sarai, sua mulher, como irmã, temendo ser morto por causa da beleza de Sarai. Poderíamos esperar que, por estar Abrão seguindo o chamado de Deus, ele teria seus caminhos aplanados pela Providência.
A Bíblia não dá evidência de que, se
permanecermos fiéis a Ele, não teremos provações. O Registro Sagrado ensina que até os que seguem as ordens de Deus podem ter que suportar provas de fé. A fé sucumbiu ao temor, e o temor, ao descaminho quando Abrão fez uso de uma meia-verdade para esconder a outra metade. "O Senhor em Sua providência trouxera esta prova a Abraão a fim de lhe ensinar lições de submissão, paciência e fé, lições que deveriam ser registradas para benefício de todos os que mais tarde fossem chamados a suportar a aflição. Deus dirige Seus filhos por um caminho que eles não conhecem; mas não Se esquece dos que nEle põem a confiança, nem os rejeita." – Ellen G. White, PP, pág. 129. PARA REFLETIR Quando foi a última vez em que você falhou em uma prova de fé? Que lição você aprendeu desse fracasso? O que você aprendeu para evitar esse fracasso na próxima vez? Ao voltar do Egito, Abrão invocou o Senhor no segundo altar que havia construído em Canaã (Gen. 13:3 e 4). Fortalecido por essa renovada relação com Deus, ele pôde enfrentar outra prova. O fracasso de Abrão no Egito parece contrabalançado pela nobreza de caráter que demonstrou no procedimento com Ló. “Acaso, não está diante de ti toda a terra? Peço-te que te apartes de mim; se fores para a esquerda, irei para a direita; se fores para a direita, irei para a esquerda”. Gen. 13: 9 Dos altos de Betel, Ló viu o vale do Jordão, bem irrigado e fértil como o Jardim do Éden e as planícies da Mesopotâmia. Ló escolheu o que apelava para seu senso de lucro imediato. O íntimo relacionamento de Abrão com o Senhor e sua determinação de caminhar pela fé o habilitaram a olhar para além das vantagens temporais imediatas e buscar as vantagens eternas. Para Abrão não importava onde ele estava, mas com quem estava. Em Gênesis 14:1-16 conta-se que Sodoma e Gomorra foram saqueadas e que Abrão libertou dos invasores o povo, inclusive Ló seu sobrinho. Assim, embora fosse homem de fé e adorador do Deus verdadeiro, Abrão também podia ser homem de ação. APÓS A VITÓRIA ABRÃO DEVOLVE O DÍZIMO: Vs. 17-24
Melquisedeque (que significa
"meu rei é justo") era rei de Salém (outro nome de Jerusalém; veja Sal. 76:2) e sacerdote do Deus Altíssimo. Assim, podemos considerar Melquisedeque uma figura histórica, um rei cananita, que possuía uma percepção correta do verdadeiro Deus. Abrão adorava o mesmo Deus. Em deferência a Melquisedeque, que deu boas- vindas e abençoou o patriarca em sua volta da batalha, Abrão deu o dízimo de tudo ao rei- sacerdote (v.20), indicando que a instituição do dízimo era praticada muito antes de Moisés e dos judeus. A PROMESSA MAIS ESPERADA:
“Olha para os céus e conta as
estrelas, se é que podes. E lhe disse: Será assim a tua descendência. Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça.” Gen. 15:5 Embora a idade avançada de Abrão e Sarai parecesse tornar cada vez mais impossível a promessa de descendentes, Abrão tomou a Deus pela palavra e confiou no poder divino. Abrão creu sem ter evidência lógica do comprimento da promessa. Creu antes de ver. Creu na palavra. Quantas promessas há na palavra de Deus nas quais devemos crer como Abrão. Foi da linhagem de Abraão que vieram os escritores do Antigo Testamento, os profetas, como também a maioria dos escritores do Novo Testamento e os doze apóstolos. O mais importante, porém, é que de Abraão veio Jesus Cristo, o qual proveu salvação para todos os crentes (ver Mt 1). Reflexão: "Quem está pronto, ao chamado da Providência, para renunciar planos acariciados e relações familiares?
Quem aceitará novos deveres e entrará em campos não
experimentados, fazendo a obra de Deus com um coração firme e voluntário, considerando por amor a Cristo suas perdas como ganho? Aquele que deseja fazer isto tem a fé de Abraão, e com ele partilhará daquele ‘peso eterno de glória mui excelente’ (2Co 4:17), com o qual ‘as aflições deste tempo presente não são para comparar’. Rm 8:18." – Patriarcas e Profetas, pág. 127.
Fazei Discípulos O Discipulado Como Estratégia para o Crescimento e Fortalecimento Da Igreja (Igreja e Missão Livro 7) (Didaquê Publicações) (Z-Library)