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D Doenças

S Sexualmente
T Transmissíveis
D.S.T.

Problema de Saúde Pública


Urologia, Ginecologia, Dermatologia,
Obstetrícia, Infectologia
Advento antibioticoterapia
– Falsa impressão erradicação próxima
Não extinção
– Um significativo recrudescimento de algumas
delas
DST
– Grande número de infecção por bactérias,
fungos, vírus, protozoários e artrópodes
Aparecimento dos
anticoncepcionais
Mudança das atitudes individuais
e sociais em relação ao sexo
Mudanças no comportamento
sexual e possibilidades de
contágio
Migrações internas
Deslocamentos militares através
do globo
Prolongamento da fase
sexual ativa

Atividade sexual se
inicia precocemente

Melhores condições de
saúde das populações
Fatores de Ordem Biológica
Agravam o Problema

Aparecimento de cepas de microrganismos


produtores de DST resistentes aos antibióticos,
prolongando duração da doença e propiciando
mais possibilidades de contágio
O aparecimento da pandemia da síndrome da
imunodeficiência adquirida (AIDS), com a qual as
DST guardam importante relação, condições
favorecedoras da infecção pelo HIV
DST um problema atual, presente,
de enorme interesse social e de
grande importância médica

Conhecimento atualizado não só


para o médico especialista, mas
para o generalista e para
especialistas em Saúde Pública
Conceito

Recordi: “Deus criou o cão, a terra e as


venéreas”
Doenças ao ato sexual, promiscuidade de
determinados ambientes, “templos de
Vênus”, “prostíbulos ou lupanares”
Doenças venéreas
– Jacques de Bittencourt 1527 : morbus indecens
Bíblia
– Gonorréia como impureza
Genitalidade - expressão física de bem-estar
emocional e sexual entre pessoas hetero ou
homossexuais
– Coito
• Penetração pênis-vagina, via de transmissão dos
agentes das doenças venéreas clássicas, nos demais
relacionamentos criam-se novas opções
– Anolingüismo
• Contato oral-anal, hetero ou homossexual, masculino ou
feminino, cria condições ideais de transmissão de
infecções com ciclo fecal-oral, como amebíase,
salmonelose, shiguelose, hepatite A
– Cunilinguísmo
• Contato bucovaginal, transmissão de candidíase,
herpes, condilomatoses, sífilis, gonorréia
Felação
– Contato bucopeniano, transmissão de sífilis,
gonorréia, herpes, hepatite B, condilomatoses,
uretrites, etc...
Tribadismo
– Contato entre mucosas vulvares, transmissão de
candidíase, tricomoníase, sífilis, herpes, condiloma,
etc.
Instrumentos que reproduzem órgãos sexuais
podem veicular mecanicamente candidíase,
tricomoníase, condilomatose, herpes, vaginites,
etc.
Multiplicidade de combinações – novo mecanismo
de transmissão de doenças classicamente não
relacionados ao contato sexual
Investigar a história sexual na salpingite,
infertilidade, gravidez ectópica, abortamento,
prematuridade, baixo peso ao nascer, ruptura
precoce de membranas, endometrite pós-
parto, septicemia e meningite no recém-
nascido, infecção ocular, pneumonia, otite
média, uretrites masculina e feminina, vulvites
e vaginites, cervicites, proctites, artrites,
hepatites, etc.
Multiplicidade de agentes patógenos
colonizados primitivamente em outras áreas
que não a genital, sintomatologia extra
genital e mudanças das fontes e locais de
transmissão

Problema universal, não mais limitado ao


sexo masculino na faixa etária dos 15 aos 30
anos; um número crescente de portadores,
principalmente femininos.

A prostituição, embora crescente, não é mais


o principal veículo de transmissão
DST não é uma expressão apenas menos
estigmatizante, mas uma visão
epidemiológica nova para problema antigo,
de um grupo de doenças endêmicas, de
múltiplas causas, que incluem as doenças
venéreas, em um número crescente de
entidades clínicas e síndromes que tem como
traço comum a transmissão durante a
atividade sexual
DST compreendem um grupo de doenças
infectocontagiosas e/ou protoparasitárias
transmitidas através de relação sexual.
Classificação

Doenças essencialmente transmitidas por contágio


sexual
– Sífilis
– Gonorréia
– Cancro mole
– Linfogranuloma venéreo
Doenças freqüentemente transmitidas por contágio
sexual
– Donovanose
– Uretrite não-gonocócica
– Herpes simples genital
– Condiloma acuminado
– Candidíase genital
– Fitiríase
– Hepatite tipo B
Classificação

Doença eventualmente transmitidas por contágio


sexual
– Molusco contagioso
– Pediculose
– Escabiose
– Shiguelose
– Amebíase
Vírus
– Vírus do herpes simples
– Vírus da hepatite B
– Vírus da hepatite A
– Papovavírus
– Vírus do molusco contagioso
– Citomegalovírus
“Esperança é decidir pela vitória
em cada circunstância que a
vida nos coloca”
Sífilis

Treponema pallidum
Contato sexual; mães → feto (sífilis
congênita)
Reações sorológicas: VDRL, FTA-ABS
Sífilis primária
– A lesão é o cancro primário
– Período de incubação: 21 a 35 dias (10 a 90
dias)
Sífilis

Pesquisa direta (campo escuro)


Reações Sorológicas (geralmente +
após 8 semanas
1. Reações sorológicas inespecíficas ou lipídicas
a) VDRL
b) Wassermann
2. Reações Sorológicas Específicas
a) FTA – Abs
Sífilis
Tratamento

Sífilis primária
– Penicilina Benzatina 2.400000 UI(IM) dose
única

– Alergia penicilina
• Dessensibilização
– OU
• Eritromicina 500mg 6/6h (vo) 15 dias
• Doxiciclina 100 mg 12/12h (vo) 15 dias
Sífilis secundária
– Lesões cutâneas, úlceras mucosas,
adenopatias

Sífilis terciária
– Insuficiência aórtica, aneurisma

Neurosífilis
– Paralisia fetal, tabes dorsal
Cancróide
(Cancro mole)

Agente etiológico bactéria, o


Haemophylus ducrey

Ulceração dolorosa, formação


de bubão

Período de incubação 3-6 dias


Cancro Mole
Tratamento

Azitromicina 1g Vo (dose única)


Ou
Ceftriaxona 250 mg IM (dose única)
Ou
Tianfenicol 5g Vo (dose única)
OU
Ciprofloxacina 500mg Vo 12/12h (3 dia)
Donovanose
(granuloma inguinal;
granuloma venéreo)

Doença ulcerativa crônica e lentamente


progressiva dos genitais e tecidos
adjacentes
Agente etiológico, parasita intracelular,
o Calymmatobacterium granulomatis
Período de incubação 10-40 dias (3-84
dias)
Granuloma Inguinal
Tratamento

Doxiciclina 100g Vo 12/12 (3 dias)


Ou
Ciprofloxacina 750 mg Vo 12/12h (cura)
Ou
Tianfenicol 2,5g Vo (1d), 500g 12/12
(cura)
Linfogranuloma Venéreo
(Linfog. Inguinal, Doença de
Nicolas-Favre, Bubão Climático)

Lesão do sistema linfático de drenagem do


local da infecção
LGV biovariante da Chlamydia trachomatis
Período incubação 7-15 dias
Estágio primário: pequeno nódulo ou úlcera
indolor
Estágio secundário: síndrome inguinal
Linfogranuloma
Venéreo
Tratamento

Doxiciclina 100g Vo 12/12 (21 dias)


Ou
Estearato de Eritromicina 500 mg Vo 6/6h
(21 dias)
Ou
Tianfenicol 500g Vo 12/12h (14 dias)
Doenças Inflamatórias
Comuns

Gonorréia (blenorragia)
– Homens: uretra, reto
– Mulheres: uretra, canal cervical, reto
– Ambos sexos: faringe, tonsilas
– Recém-nascidos: saco conjuntival
– Mulheres pré-púberes: vagina, vulva
– Freqüente coexiste com outras DST
– Agente etiológico é o coco Neisseria gonorrhoeae
– Período incubação 4-7 dias; 24 horas; 30 dias
– Uretrite: disúria, corrimento uretral, edema meato,
balanopostite, adenopatia dolorosa
Gonorréia
Tratamento

Cefixima 400mg VO (dose única)


Ou
Ciprofloxacina 500mg VO (dose única)
Ou
Ceftriaxona 250mg IM (dose única)
Ou
Tianfenicol 2,5 VO (dose única)
Uretrite
Não-Gonocócica

Agentes etiológicos: Chlamydia


trachomatis, Ureaplasma urealitycum
Uretrite
Não-Gonocócica
Microbianos
– Chlamydia trachomatis 30%-50%
– Ureaplasma urealyticum ?10%-30%
– Nenhum dos acima 20%=40%
– Mycoplasma genitalium ?5%-10%
– Bactérias:aeróbias/anaeróbias nada em substância
– Vírus: Herpes simplex 1%
– Fungos <1%
– Parasitas: Thichomonas vaginalis <3%
– Secundária a infecção urinária
– Secundária e lesões intra-uterinas
v.g.cancro, verrugas
Não-microbianas
– Secundária a trauma físico ou químico
UNG
Tratamento

Azitromicina 1g Vo dose única


Ou
Doxiciclina 100g 12/12h (7 e 14 dia)
Ou
Estearato Eritromicina 500g 12/12h (7 a
14 dias )
Candidíase
(sapinho)

Agente etiológico
– Candida albicans (Monília)
Infecções Virais

Vírus da hepatite
– Hepatite A (HAV): transmitido
pela via fecal-oral
– Hepatite B (HBV): transmitido
por via sexual
– Hepatite C (HCV): transmitido
por via sexual, via parenteral
Herpes genital
Infecções Virais

Molusco contagioso
– Papilomavírus humano (HPV)
• Condiloma acuminado
• Podem progredir para neoplasia intra
epitelial cervical (NIC), carcinoma
invasivo
O tratamento deve incluir
a compreensão e a
tranqüilização do paciente
que freqüentemente
está ansioso por
causa da sua doença
Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoe-as assim mesmo
Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta, interesseiro
Seja gentil, assim mesmo
Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos
verdadeiros
Vença assim mesmo
Se você é honesto e franco as pessoas podem enganá-lo
Seja honesto assim mesmo
O que levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora
para outra.
Construa assim mesmo
Se você tem Paz, é Feliz, as pessoas podem sentir inveja
Seja Feliz assim mesmo
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante
Dê o melhor de você assim mesmo
Veja você que no final das contas, é entre você e Deus
Nunca foi entre você e as outras pessoas
Madre Teresa de Calcutá
D.S.T.
Princípios para o Controle

Interromper a cadeia de transmissão


– Diagnosticar precocemente
– Tratar rapidamente
– Detectar assintomáticos (elo)
Prevenção
– Aconselhamento específico
– Uso preservativos
Conceito

Última guerra
– Sífilis, gonorréia, cancro mole,
linfogranuloma venéreo, donovanose
– Promiscuidade sexual, prostituição
– Maior predominância sexo masculino
– Relação inversa a escolaridade e ao nível
econômico
Pós-guerra de 1945
– Surtos epidêmicos
– Afrouxamento de costumes

Meados dos anos 50-60


– As doenças voltaram, características epidêmicas
– Revolução sexual, liberação pessoal, contestação
política, modismo, consumismo
– Início precoce da vida sexual
– Tabu virgindade x tabu não-virgindade
Síndrome da A
I
Imunodeficiência D
Adquirida S

Manifestação clínica da infecção pelo HIV


Vias de transmissão
– Contato sexual
– Contato com sangue ou derivados
– Perinatal (transmissão vertical) 8 e 60%
Grupos mais susceptíveis
– Homossexuais
– Receptores de transfusões sangüíneas
(hemofílicos)
– Viciados em drogas endovenosas
Síndrome da A
I
Imunodeficiência D
Adquirida S

Manifestações clínicas
– Início: febre, erupção cutânea, linfadenopatia
– Assintomático por 5 a 10 anos
– Febre persistente, emagrecimento, diarréia
– Infecções oportunistas, neoplasias

Diagnóstico laboratorial
– Sorologia para AIDS em paciente que apresente
outra DST, epidemiologia paralela destas doenças

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