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UNIVERSDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Implementação de políticas de Extensão


Universitária na Unicamp: perspectivas e
desafios

Prof. Dr. José Irineu Gorla


Departamento de Estudos da Atividade Física Adaptada
Coordenador Associado da Extensão -FEF
O que diz a Lei?
Da LDB: Art.43. A Educação Superior tem por
finalidade:

VII – promover a extensão, aberta à participação


da população, visando à difusão das conquistas
e benefícios da criação cultural e da pesquisa
científica e tecnológica na instituição.
EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

A extensão universitária é a
atividade acadêmica capaz de
imprimir um novo rumo à
universidade brasileira e de
contribuir significativamente para a
mudança da sociedade.
PONTO DE PARTIDA- Aspectos a serem observados:

Entender a extensão como sendo uma ação do processo educativo, cuja


atuação possibilita a formação de pessoas a fim de emancipá-las no
conhecimento, nas relações sociais, nas técnicas e habilidades variadas.

Entender que a extensão deve ser a articuladora do ensino e da pesquisa


com a sociedade, capaz de promover ações que atuem como base para a
reforma do pensamento, constituindo-se como o ponto de encontro entre
o acadêmico e o cidadão comprometido com a comunidade a que
pertence e com a sociedade em geral.

Observar que a extensão trata da responsabilidade social da ciência e da


universidade; da aproximação da sociedade nos avanços científicos
conquistados pela pesquisa; da responsabilidade com a preservação dos
valores culturais da sociedade.
Comunidade Sociedade
Acadêmica
Extensão
Docentes e Discentes

Ensino Pesquisa
Reflexão Teórica

Além de
Esse fluxo...
Instrumentalizadora, é um
Estabelece Troca de Trabalho interdisciplinar

saberes sistematizados que favorece a visão


Integrada do social
Para se discutir a Extensão, agora de forma mais específica,
pensamos ser necessária a consideração de algumas
categorias que possam orientá-la e defini-la:

Extensão para que?

Extensão para quem?

Extensão como?
Extensão para que?

Se uma Universidade desenvolve regularmente atividades de


Pesquisa e, simultaneamente, envolve seus alunos nessa dinâmica
por meio de atividades de ensino, o passo natural é confrontar
estes saberes acadêmicos com os saberes populares.

Extensão para quem ?

Primeiramente, Extensão deve ser pensada para a sociedade;

deve ser pensada para os docentes e pesquisadores


colocarem em prática seus estudos e conhecimentos
pesquisados;
deve ser pensada para os alunos poderem, em sua
formação, conviver com a práxis do mundo vivido em
sociedade.
Extensão como?

A Faculdade de Educação Física, pelas suas


características de atuação, pela atratividade de seu espaço
físico e pela competência de seu quadro docente, possui
grande potencial para realizar atividades de Extensão.

Nos últimos anos, a demanda pelos projetos de práticas


corporais e pelos cursos de especialização oferecidos pela
FEF mostra claramente esse interesse por parte da
comunidade interna e externa à Unicamp e por
profissionais de várias áreas não só de Campinas, mas da
região.
Projetos, cursos, eventos, prestação de serviços...
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS -FEF

Atividade N. de Usuários
Atividades Circenses 22
Badminton 30
Condicionamento Físico 197
Ginástica Localizada 96
Ginástica Rítmica 25
Hidroginástica para Mulheres na 29
Menopausa
Musculação 260
Tênis de Campo 133
Treinando Natação 536
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS -FEF

Atividade N. de Usuários
Triathlon 33
Alongamento uma prática saudável 42
Capoeira 50
Jiu-Jitsu 37
Judô 38
Kendô 34
Kung-Fu - lutas 101
Tae Kown Do 38
Taichi Chuan 96
PROJETOS
Atividade N. de
Usuários
Programa de Atividades Físicas e Recreativas 10
para Crianças Respiradoras Bucais
Recreação Terapêutica para Crianças com 4
Deficiência Motora
Atividades Motoras e Esportes Adaptados para 25
Deficientes
Handebol 30
Grupo Ginástico UNICAMP -GGU 40
Meu corpo meu brinquedo 16
Grupo ginástico da FEF 40
Encontro aberto de Circo 30
ATIVIDADES DE EXTENSÃO DA FEF
2004 a 2006

Usuários

4050
4050
3988
4000
3950
Usuários

3897
3900
Usuários
3850
3800
3750
3700
Ano 2004 Ano 2005 Ano 2006
Ano

Primeiro Semestre de 2007 – 1.879 usuários


CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO

Alunos

350 323

300 284 275

250 222
N. alunos

200
Alunos
150 134 137

100

50

0
Ano 2001 Ano 2002 Ano 2003 Ano 2004 Ano 2005 Ano 2006
Como sugestão para o melhor funcionamento das atividades de Extensão
(FEF) e sua conseqüente valorização, podemos citar algumas ações:

A ampliação, tanto em espaço físico, número de funcionários,


equipamentos e também em horários de atendimento, ( no caso
especifico da FEF) da secretaria da CODESP, a fim de que os docentes
e alunos participantes do projeto, bem como os inúmeros usuários,
possam ser recebidos, orientados, informados com a devida atenção;

A seleção de alunos para atuar nos projetos de Extensão sendo feito


publicamente mediante a análise de uma comissão julgadora composta
por docentes da FEF. A cada semestre um novo Edital e Convite a todos
os alunos interessados, e que estejam aptos a participar, poderão se
inscrever ao processo público;
A fim de se garantir a coesão entre as atividades de Extensão com as
atividades de ensino e pesquisa da FEF/UNICAMP, as solicitações para
desenvolvimento de projetos e cursos deverão estar necessariamente
vinculadas às atividades de ensino (disciplinas de Graduação e Pós-
Graduação) e pesquisa (projetos desenvolvidos pelos proponentes e seus
orientandos vinculados a Grupos de Pesquisa);

Implementação de um programa de avaliação da extensão universitária


na FEF;

Definição de linhas programáticas da extensão nos planos estratégicos


departamentais e da direção da Faculdade;

Consolidação do sistema de informações sobre a Extensão na FEF,


através da implantação de banco de Dados.
OBJETIVOS

Reafirmar a extensão universitária como processo acadêmico definido e


efetivado em função das exigências da realidade, indispensável na
formação do aluno, na qualificação do professor e no intercâmbio com a
sociedade;

Assegurar a relação bidirecional entre a universidade e a sociedade, de


tal modo que os problemas sociais urgentes recebam atenção
produtiva por parte da universidade;

Considerar as atividades voltadas para o desenvolvimento, produção e


preservação cultural e artística como relevantes para a afirmação do
caráter nacional e de suas manifestações regionais;

Tornar permanente a avaliação institucional das atividades de extensão


universitária como um dos parâmetros de avaliação da própria universidade;
METAS

Para a consecução dos objetivos propostos, é necessário estabelecer


metas no sentido de organizar a própria atividade de extensão
universitária, simultaneamente com as metas ligadas à articulação
com a sociedade:

Definir a prioridade institucional da extensão, levando em conta sua


história, missão na IES, cenários regionais, divulgação e
documentação;

Definir, com clareza, áreas de atuação; documentar e divulgar;

Definir o sistema de extensão da IES: responsáveis, hierarquia de


decisões, locais de decisão, organização dos grupos,
responsabilidades, sistemas de avaliação, envolvimento de alunos e
professores;
METAS

Definir orçamento destinado à extensão, levando em conta as


perspectivas de captação e índices de viabilidade financeira por tipo
de atividade;

Definir claramente cronograma físico/financeiro de cada projeto e


as metas para implantação de cada etapa;

Quando não houver experiência local, buscar ouvir quem conhece


ou quem faz bem.
Nesse sentido, sugere-se como políticas e diretrizes:
Consolidação da inter-relação entre ensino - pesquisa e extensão na vida
acadêmica das IES;

Conhecimento das implicações éticas das ações e relacionamentos


humanos praticados na relação IES e comunidade;

Avaliação da Extensão como processo contínuo, inserido na Avaliação


Institucional e co-responsável pelo aperfeiçoamento e atualização de
programas voltados para o desenvolvimento do país;

Promover estudos e pesquisas na área de extensão universitária e


disponibilizá-los num banco de dados que proporcione o acesso de
acadêmicos em geral;

Consolidação da idéia de extensão como processo acadêmico


indispensável para imprimir a vivência de responsabilidade social no
cidadão brasileiro;
Equiparação das atividades de extensão às demais desenvolvidas nas
IES, pois é, através do contato com os problemas efetivos da sociedade
e da revitalização e dinamismo de suas práticas que a Instituição
concretiza seu papel social.

Reconhecimento da Extensão Universitária como instrumentalizadora da


relação entre teoria e prática, que faz emergir a produção de novos tipos
de conhecimento, síntese dos saberes acadêmicos e populares.

Desenvolvimento da função da extensão como processo de integração


da IES no complexo político-social e instrumento de interação com os
vários segmentos da sociedade.

Desenvolver projetos de extensão a partir do resultado de estudos


sistemáticos acerca do contexto sócio-econômico-cultural em que está
inserida a comunidade cujas aspirações se pretende atender.
INSTRUMENTO DE MUDANÇA

A partir dessas premissas é que se considera a atividade de


extensão, pelo potencial da comunidade universitária
(professores, alunos, técnicos), um instrumento incomparável
de mudança nas próprias instituições onde se desenvolve e
nas sociedades onde essas instituições estiverem inseridas.
Desafios mais imediatos da Extensão

• Deixar de ser uma ilha nas universidades;


• Receber financiamento adequado;
• Comprometer-se com a qualidade dos projetos;
significam:

• amadurecimento da instituição;
• possibilidade de democratizar o acesso;
• formação contextualizada;
• expansão da eqüidade e qualidade.

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